sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Conversando com a Morte


Hoje trago uma ilustre convidada, Dona Morte. Ela falou comigo por telefone diretamente do além para me dar uma entrevista na íntegra sobre o que é verdade e o que é mito em sua carreira milenar:



Dona Morte, como você explica esse medo que todos criaram da senhora?

DM: Veja bem, o ser humano tem toda uma tendência a ter medo do que não conhece e na verdade nenhum deles, nem você mesma me conhece. Aprenderam a me ver como algo ruim.

E você não é ruim?

DM: Claro que não! Eu pareço má nesse exato momento, falando com você?

Não, realmente não parece. Você é bastante simpática e de bem com a vida.

DM: Belo trocadilho (risos). Eu e a vida temos uma relação boa. Ela faz a parte dela e eu faço a minha. Nunca tivemos uma briguinha.


E como você lida com o medo das pessoas quando você vai buscá-las?

DM: Meu trabalho é árduo. Tenho que fazer um serviço rápido e limpo e às vezes as pessoas não colaboram com isso. Acabo ficando com dó de algumas, mas te digo: os pretextos para não morrer são os mesmos há séculos.
Qual foi o pretexto mais engraçado que você já ouviu?

DM: Me divirto muito com os torcedores fanáticos que pedem pra ver um último jogo do time que torcem e principalmente com os mais medrosos. As reações são muito engraçadas, e já presenciei muitos casos em que a pessoa morre de susto.
Sem trocadilhos?

DM: Sem trocadilhos. Eu tenho esse efeito fatal, alguns me vêem e simplesmente caem duros (risos).

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